PABLOCHI - 06 – Romances e Desventuras

No capítulo de hoje: Rochi conta a Jime e Euge como foi o encontro com Pablo. Rochi e Maxi conversam rapidamente e depois ela se encontra com Mercedes, que a lembra da chegada dos novo alunos. Rochi pega as fichas e vai estudar na biblioteca onde se encontra com Benja. Euge pede o término do namoro a Benja.


Capítulo 6 – Romances e desventuras. (Narrado por Rocío)

Subi as escadas lentamente. Não queria que aquela noite acabasse e nem que aquela sensação passasse. Como eu estava feliz e como ele havia me conquistado. Cheguei ao meu quarto e abri a porta lentamente, acreditando que Euge estaria dormindo. Assim que abri a porta encontrei as luzes acesas e Euge e Jime me esperando desesperadas!

Jime e Euge: Como foi? O que fizeram? Me conta! Me conta! – elas disseram gritando e uma atrapalhando a outra.

Rochi: Calma! Calma! Uma de cada vez. – tentei controlar a euforia de duas mulheres descontroladas.

Jime: Como foi?

Rochi: Maravilhoso!

Euge: O que fizeram?

Rochi: Jantamos e bebemos. A comida estava ótima e o vinho melhor ainda.

Jime: Vinho? Que fino!

Rochi: E vocês não sabem da melhor?

Jime e Euge: Conta!

Rochi: Ele cantou pra mim!

As duas começaram a gritar histericamente.

Rochi: Gente, as outras meninas já estão dormindo, parem de gritar!

Jime: Conta mais!

Rochi: Não tem mais nada pra contar! Bom, vamos sair amanhã de novo e agora eu vou dormir!

Caminhei até o banheiro e elas me seguiram.

Euge: Amanhã?

Jime: Ai que emoção!

Rochi: Vocês podem me deixar em paz agora?

Euge: Chata!

Eu sorri e elas saíram. Troquei de roupa, Jime se despediu e eu e Euge fomo dormir.
De manhã, Maxi acordou a mim e a Euge carinhosamente. Nós duas nos levantamos e fomos ao banheiro. Maxi nos esperou no quarto.

Maxi: Vão tomar café?

Euge: Eu não. Não estou com fome e tenho algo pra fazer.

Maxi: Rum! – ele bufou irritado. – Vai correr atrás daquele sem vergonha que sempre te magoa?

Euge: Isso não é da sua conta, Maxi! – ela disse saindo do quarto, estressada com o comentário de Maxi.

Maxi: Ela sempre me trata assim.

Rochi: Você sempre a provoca!

Maxi: Mas é que eu... eu gosto muito dela!
Rochi: Sei disso Maxi! E ela gosta de você, mas só como amigo. Não pode forçá-la a te amar!

Maxi: Eu sei! – ele suspirou e se levantou.

Rochi: Eu acho que também não vou tomar café.

Maxi: Tudo bem. Eu vou. Depois a gente se vê. – ele beijou minha bochecha e saiu.

Eu fechei o quarto e desci as escadas. No caminho encontrei Mercedes.

Mercedes: Que bom te encontrar!

Rochi: Me procurava?

Mercedes: Sim. Os novos alunos chegam amanhã. Estudou as fichas?

Nesse momento me lembrei das fichas que deixei jogadas no meu armário.

Rochi: Sim! – menti.

Mercedes: Ótimo! Esteja preparada.

Eu esperei ela se afastar e corri para o prédio principal. Quando cheguei ao meu armário à chave não estava lá. Corri ao balcão.

Rochi: Paula, onde estão as chaves dos armários?

Paula: Foi pedido que os donos as guardassem. As que ficaram ali foram para os “achados e perdidos”.

Rochi: Paula, aqui é os “achados e perdidos”. Me dê minha chave!

Paula: Vou procurar. Qual o seu armário?

Rochi: O quatro.

Paula se afastou e começou a checar o numero das inúmeras chaves penduradas na parede.

Paula: Viu meu irmão hoje, Rochi?

Rochi: Ele foi ao meu quarto. Me chamou para tomar café com ele, mas eu não pude ir. Ele deve estar no refeitório.

Paula: Aqui está. Quando terminar, me devolva à chave ou guarde-a com você.

Rochi: Muito obrigada!

Paula: Se você se encontrar com o Maxi, peça a ele para vir aqui!

Rochi: Tudo bem!

Voltei ao meu armário e o abri. Lá estavam as fichas, jogadas e um pouco amassadas. As peguei e fui até a biblioteca. Lá era tranqüilo.
Me sentei escondida entre as prateleiras e abri a pasta.
Eram dois meninos. Bonitos.
Victorio D’Alessandro, 17 anos. Vinha do norte da Argentina. Família rica. Inteligente, estudou nos melhores colégios de todo o país e agora vinha para o Instituto. Filho único.
Stéfano de Gregório, 16 anos. Nasceu na Argentina, mas estava morando na Itália. Rebelde, o Instituto era a ultima esperança para os pais. O mais novo de três filhos.
Eu estava concentrada nos arquivos e nem percebi que alguém se aproximava.
Virei-me e levei um susto.
Benja: Não grita! – ele disse colocando sua mão em meus lábios.

Rochi: O que faz aqui?

Benja: É...

Rochi: Esta fugindo da Euge!

Benja: Não estou fugindo, só não quero encará-la, por que ela sempre me irrita e eu acabo falando coisas sem pensar.

Rochi: Ou seja, acaba a magoando.
Benja: É. E eu não quero isso!

Rochi: Devia ser mais sincero com ela.

Benja: Eu sou!

Rochi: Não, não é. Você não a ama e fica brincando com os sentimentos dela.

Benja: Isso não verdade. Eu a amo!

Rochi: Então demonstre isso. Benja, voce precisa fazer sua parte. A relação de vocês é conturbada e cheia de desventuras, mas se voce fizesse sua parte, Euge mudaria com voce!

Euge: Benjamín Amadeo! – ela gritou do corredor.
Benja: Me ajude!
Rochi: Agora é com você amigo! Faça sua parte!

Peguei as fichas e caminhei até a porta da biblioteca. Ele foi atrás de mim com a intenção de não me deixar sair, mas Euge o viu.
Ela o agarrou pelo braço e os dois foram para os fundos do Instituto.
Benja fez um sinal para que eu os seguisse e o ajudasse se ele precisasse.
Eu não queria ir, mas acabei indo. Mais por curiosidade do que por compaixão a ele.
Caminhei escondida, indo atrás deles. Assim que chegamos, fiquei atrás da parede. Euge não parecia irritada.

Euge: Por que correu quando eu te chamei?

Benja: Me assustei! O que quer falar comigo?

Euge: Quero terminar!

Agora eu estava assustada. Maria Eugenia Suarez, senhora teimosia, queria terminar seu relacionamento com Benjamín Amadeo, o senhor perfeição?

Romances e desventuras. Que péssima combinação!

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